Astolfo Marques

 


Astolfo Marques nasceu a 11 de abril de 1876, em São Luis/MA, era filho da lavadeira Delfina Maria da Conceição. Astolfo era autodidata. Sua carreira teve início como contínuo da Biblioteca Pública do Maranhão. Ingressou, posteriormente, no movimento intelectual que acontecia em São Luis, conhecido como Oficina dos Novos, que fora criado em 28 de julho de 1900, estando dentre seus adeptos Antonio Lobo, Xavier de Carvalho, Francisco Serra e João Quadros. Posteriormente, em 19 de agosto de 1908, foi um dos doze intelectuais que se uniram para fundar a Academia Maranhense de Letras, tendo Astolfo Marques sido o fundador da cadeira 10 e Antonio Henriques Leal fora o patrono escolhido.

Após quase um século desde a última edição de um livro seu, o último havia sido publicado em 1913, a Academia Maranhense de Letras, nas celebrações do centenário de sua fundação, lançou uma segunda edição do livro de contos “Natal (quadros)”, que havia tido uma primeira edição em 1908. Foi o único escritor negro a ser fundador da Academia Maranhense de Letras, e a poeta Mariana Luz fora a única mulher negra a fundar e adentrar aos quadros da instituição.

Em 2021, fora publicado postumamente o livro O Treze de Maio: e outras estórias do pós-Abolição que reuniu pela primeira vez contos escritos por Astolfo Marques, a obra teve organização de Matheus Gato. Astolfo Marques faleceu em São Luís, em 20 de maio de 1918, aos 42 anos de idade vítima de tuberculose.

Livros publicados: A vida Maranhense, Tipografia Frias - MA/1905. (Contos); De São Luis a Teresina, Edição Independente - MA/1906. (Carrativa de viagem); O Maranhão por dentro. S/I – MA/1907. (dramaturgia); Natal (Cuadros), Tipografia Teixeira - MA/1908 e 2. Ed. AML / EDUEMA - MA/2008. (Contos); O Dr. Luís Domingues, Edição Independente - MA/1910. (biografia); A nova aurora, Tipografia Teixeira - MA/1913. (romance) e 2. Ed. Editora Chão Bruto - SP/2021; O Treze de Maio: e outras estórias do pós-Abolição, Fósforo - SP/2021. (Contos).


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